PECADO
É
tão difícil falar do pecado, sem imprimir um ar de ironia, quando vejo tantas
pessoas com almas salvas, mergulhadas na hipocrisia, quando vejo tantos homens
e mulheres, castrados em seus desejos, contendo os lampejos, limitando suas
necessidades físicas e emocionais.
Sim...
Pecadores,
pecadoras, são aqueles que fogem da sua essência animal, aquele que não caça
sua fêmea, aquela que não fareja seu macho, aqueles que andam pé ante pé para
não acordarem os sonhos luxuriosos que dormem em seus poros.
Pobres
pecadores, mantendo-se presos nas cercas da opinião alheia.
Como é bom
cravar o olhar nas formas do corpo que se oferece em trejeito, num jeito
sedutor, na ânsia de viver as delícias do outro corpo.
Oh Pai, e a
inquietude das mãos?
Como conter a inquietude das mãos, que correm
sobre a pele desperta em arrepios, que buscam espaços inexplorados, tocados ou
não por tantas mãos, mas, que se portam como primeiras em terreno santo.
E o perfume
natural, que embriaga de intenções não tão respeitosas em
um bacanal de
desejos inebriantes, quando vem dos lábios o sussurro,
o inaudível
que tudo diz.
Este som molhado no lóbulo da orelha acende,
atiça as labaredas de todos os infernos
contidos na carne santificada a arder em brasa...
Derretendo-se em sumo, em
sêmen,
que a boca ávida bebe, que a língua elétrica
lambe,
que os bocas em sede louca chupa.
Ah...Como é
bom pecar,
ser carne a
vibrar,
ser sentido
nos sentidos oferecidos
pela natureza humana.
Vânia Moraes
Simplesmente sensacional... e envolvente, um ímã que atrai a gente a ler... e fazer rs rs.
ResponderExcluirBom receber tua visita e, saber que gostastes...
Excluir