AMOR REAL




Com desvelo,

a perícia das mãos

vai tatuando corpo a fora,

sensações divinais.

 

Erguem-se templos sagrados

em minha pele,

consagrados às deusas

redivivas em cada carícia,

em cada murmúrio de prazer.

 

Minerva, revive na sábia malícia

do poder de seduzir,

de conduzir a glória de ser mulher

e, no mesmo instante, ser a presa,

lançando sob os seus pés,

aquele que seria o sexo forte,

desarmando-o,

ao jogar no chão,

roupas, armas e escudos,

no combate, onde o sol segura seus corcéis,

para a noite salpicar estrelas

no iluminar do quarto escuro.

 

Afrodite, deusa nascida nas águas,

deusa do amor e da beleza,

surge da umidade de minha entranha,

atiça meus atos,

aguça meus instintos,

na encantada Ilha dos Amores,

minha cama, o trono,

onde sou realeza.

 

Selena, deusa lunar,

vem como raio fulgurante,

explode no momento desesperado do gozo.

Montada em um facho luminoso,

clareia, envolvendo em ternura,

os corpos extasiados,

luzidios,

livres dos desejos

e dos cios,

atados por outros mais serenos,

enlaçados em pernas e braços,

abençoando-os com o merecido repouso,

libertando-os do delicioso embate.

 

 

Vânia Moraes


 

Comentários

  1. Olá querida Vânia,
    Que lindo o amor real onde a cama é o seu trono e você a realeza! Mais um poema cheio de sensualidade e exaltando o amor, o desejo e a paixão. Lindo demais.
    Beijos!

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  2. Ah! Feliz por encontrar -te!
    Que delicioso poema! Belo! Intenso! Sensual! Excitante!
    Dominas na perfeição o lirismo e cada estrofe nos vai escorrendo sobre a pele como doces carícias, até que o raio fulgurante de Selena, nos leve ao êxtase... a um imparável orgasmo!
    Beijos!

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