INCANDESCENTES
Me
abandonei aos teus encantos
traçando
o itinerário
da
volúpia pelo teu corpo.
Teus
olhos bolinavam meus seios,
mexendo
com os nervos,
baratinando
todos os sentidos.
Os
músculos prometiam loucuras,
naquele
momento em que nos dávamos
o
direito de sermos macho e fêmea,
carne
contra carne em um duelo vibrante.
O
tesão fluía como maré
em
uma enchente profana de libertinagem.
Tua
voracidade atiçava o pensamento,
atiçava
meus sentimentos.
Minhas
carícias perdiam a suavidade
ganhando
desejo, ousadia,
sensação
de gelo e fogo
consumindo
os corpos suados.
Os
prazeres na pele se confundiam
com
o desalinho da cama
na
maciez dos lençóis.
Suguei
tua língua,
para beber os gemidos
que
seriam palavras
afagando os ouvidos.
Em
síntese,
éramos
dois astros incandescentes,
divertindo-se
indecentemente
com
as fraquezas da carne,
no
prazer que consome
e
derruba no cansaço.
Vânia Moraes
A recuperação da poesia erótica é um estilo apreciável. Gostei.
ResponderExcluirBj